Só para a Páscoa são mais de oito mil vagas.
Até 15% dos temporários podem ser efetivados depois do fim do contrato.
A Sala de Emprego desta segunda-feira (15) vai falar sobre trabalho temporário. Só para a Páscoa são mais de oito mil vagas. Também tem oportunidades nas Olimpíadas, feriados e férias no Nordeste.
A boa notícia é que tem vaga temporária praticamente o ano todo e muitos empresários reforçam o time de funcionários acreditando que o consumidor vai voltar às compras. É o caso do comércio de chocolates.
Até 15% dos temporários podem ser efetivados depois do fim do contrato. “Sempre tem a possibilidade de efetivação. Aí tudo vai depender do desenvolvimento de vocês dentro da empresa. Existe essa possibilidade pela rotatividade do varejo”, explica Poliana Oliveira, assessora de RH.
Para quem está desempregado, precisa se virar ou só fazer um bico, a Páscoa também gera oportunidades. A Sala de Emprego foi até um curso de ovos de chocolate. “Não se preocupem que a gente sempre vende chocolate. Vai começar agora? Então começa já, faz uns bombonzinhos e dá para as pessoa experimentar e fala que você já tá vendendo”, orienta a confeiteira Marilena Ruiz.
Lidiana Sena guardou o dinheiro que recebeu quando foi demitida há quatro meses, pagou os R$ 20 do curso e comprou o material para fabricar os ovos em casa: “Eu já tinha essa vontade, mas o desemprego, foi um empurrão. Eu também quero fazer bolo, torta, quero trabalhar com isso. Agora, não quero mais voltar para o mercado”.
Olimpíadas
As Olimpíadas são uma ótima oportunidade para quem está precisando entrar no mercado de trabalho. Muita gente já está trabalhando duro na organização há algum tempo no Rio de Janeiro, onde vão acontecer os jogos, mas ainda tem vaga, pelo menos, três mil. E tem mais vagas: pelo menos 80 mil vão ser oferecidas pelas empresas contratadas pelo comitê para prestar serviços como hotelaria e alimentação.
Para todas as vagas, inclusive as terceirizadas, os candidatos devem se inscrever no site do comitê organizador: http://www.rio2016.com/vagas.
“Nos próximos meses estaremos anunciando três mil vagas para quem quiser trabalhar diretamente aqui conosco”, afirma Henrique Gonzalez, diretor de RH do comitê.
São vagas nas áreas de esportes, transporte, hotelaria e também para jornalistas. “O perfil são pessoas dispostas a participar de um evento complexo, que necessita de proatividade, necessita de soluções rápidas, de muita empatia. São embaixadores que estão em contato com todo mundo, então, muito sorriso, muito olho no olho e muita vontade de ajudar, principalmente o estrangeiro que está vindo para o Brasil”, explica Gonzalez.
Turismo no Nordeste
No Nordeste, o movimento de turismo é o ano todo e Fortaleza é um dos destinos mais procurados.
Todo período de alta estação é assim: quanto mais movimento, é preciso mais gente para atender os turistas. Só um empreendimento que reúne resort, barraca de praia e parque aquático contrata 320 temporários para os períodos de dezembro à fevereiro e nas férias de julho. “O temporário chega com um gás, é novo e chega bem entusiasmado. Realmente vem com esse brilho no olho que a gente precisa aqui”, conta Cecília Vieira, gerente de RH.
Pode até demorar um pouquinho para pegar o jeito, mas a dedicação de quem faz de tudo para conseguir o emprego definitivo é o maior trunfo dos temporários. A esperança dos temporários de conseguir ser contratado tem justificativa: só nesse empreendimento, por exemplo, a cada ano por volta de 20% deles acabam sendo efetivados no emprego para substituir funcionários que deixam o trabalho ao longo do ano ou porque se destacam tanto no que fazem que garantem uma vaga extra.
Ganha o funcionário, ganha toda a cadeia do turismo que aumenta os empregos. “No caso da hotelaria, da hospedagem, é uma média de 26% a 28%. Aí nós já temos também alimentação, barracas de praia, além disso, temos os guias também que têm uma oferta bastante significativa nesse período de pico”, garante Valdo Mesquita, coordenador de estudos e pesquisa da Secretaria de Turismo.